21.5.11

A atividade proposta foi a seguinte:
"Escolha uma charge e analise-a considerando os seguintes pontos:
1. Qual o assunto a charge trata?
2. O que provoca o humor nesta charge?"

Resultado da atividade:

Rayane:
1º Qual o assunto a charge trata? Pessooas que não se informam bem com as coisas que compram e depois se dão mal '.
2º O que provoca o humor nesta charge? Ele enganou o outro e acabou se dando bem. (O cara que falou "Foi o que eu disse: Carro de Garagem ").

Sabrina: 
1º) A desconfiança entre o partido de Cássio e de Ricardo Coutinho. 
2º) Apesar dos dois ter se juntado nas eleições para ganhar voto, continuam desconfiando um do outro.

Luana Gonzaga:

http://www.animatunes.com.br/animacoes/?a=2011/05/05/


1º Qual o assunto a charge trata? Sobre a vitória do Flamengo. 
2º O que provoca o humor nesta charge? Anos de vitórias consecutivas em cima do vasco, e na final não foi diferente.

 Elane:
 
 1º) A charge trate-se de uma crítica a grande violência que se encontra no Rio de Janeiro.
2º) O humor dessa charge está no astro que desvia das balas como no filme para sobreviver da violência na cidade.


Mayara:


1º Qual o assunto a charge trata? A charge mostra que os ladrões, traficantes, assaltantes, deputados, prefeitos e governadores fazem a mesma coisa: roubam, ou seja, são tudo farinha do mesmo saco. 
2º O que provoca o humor nesta charge? O que provocou o humor nesta charge foi "grande coisa" o garotinho pensou que o outro iria criticar ou fazer alguma outra coisa, mas pelo contrário, ele fez a comparação com o pai dele, já que ambos faziam praticamente a mesma coisa.

14.5.11

Charge, Cartum, Caricatura. O que são e quais as características?

Charge, Cartum, Caricatura
View more presentations from projetoassis

Charges animadas!

Além das charges impressas, nós também estudamos as charges animadas. Curtam também estas charges!




Oba, charges!

Aqui estão todas as charges que trabalhamos e nos divertimos 
em sala de aula. 
Divirtam-se também!

Espaço dos nossos artistas


Adysson Ferreira da Silva, 15 anos de idade. Atualmente está no 2º ano do Ensino Médio e é aluno do Curso Desvendando os mistérios dos textos: uma viagem aos gêneros textuais. 


Uma vela para Dario (Dalton Trevisan)

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca.
Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.
A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado á parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delicias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade.
Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão.
A última boca repetiu — Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. [...].

Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores",  Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág. 20.
Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.

Após a leitura do conto acima, propomos a seguinte atividade: Em sala, "Uma vela para Dario" não foi lido na íntegra, de modo que os alunos teriam que criar um possível final para o conto. Aqui estão as melhores produções:

[...] Com um ato de solidariedade ele chamou o padre para recomendar o corpo. Não havia muita gente na rua, todos já tinham ido embora. O padre veio, colocou uma vela na mão de Dario e benzeu seu corpo. O defunto estava sobre a calçada, ninguém sabia onde iria ser enterrado e continuava sem identificação.
No início da manhã, uma cristã foi até a igreja e falou ao padre que tinham encontrado uma carteira de identidade de um homem, próximo à peixaria. Mostrou ao padre que logo reconheceu o homem daquela foto: era Dario!
Agora, com o documento, o padre pode encontrar os familiares, logo encontrou o seu filho. O filho levou o corpo do pai para casa, e fez um velório digno a todas as pessoas.            
               Crislândia Valesca

[...] Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça, mas um tempo depois foi embora porque não aguentava mais ver aquele homem morto ao seu lado.
Após alguns dias, em homenagem a Dario, o senhor piedoso resolveu fazer uma escultura no mesmo local onde Dario terminou seus dias. Uma vela gigante mostrava o luto pelo acontecimento. A presença do monumento chamou a atenção dos repórteres que procuravam saber do motivo da homenagem.
Tempos depois, as mesmas pessoas que negaram ajuda a Dario, se arrependeram e colocaram mensagens em papéis ao lado da vela.
Sabrina da Silva Araújo    
    
Este foi o único que teve piedade de Dario, notou a sua aparência de defunto e comentou com uma pessoa que estava do seu lado que era mais um que morria por causa de fala de atitudes das pessoas. Ele se aproximou do cadáver, colocou uma vela nas mãos de Dario, pois ele havia morrido de uma forma penosa sem direito a enterro e lamento. As pessoas já estavam se sentindo incomodados com o mau cheiro do cadáver e resolveram entrega-lo às autoridades que enterraram como indigente.
Julia Steffany Silva Correia


[...] Só restando os moradores da rua, esperando o que aconteceria com o defunto. Cansados de esperar, entraram e foram dormir sem tomar conhecimento com o que poderia acontecer a ele.
Passou a noite e surgindo um novo dia, as pessoas passam, param, olham e vão embora, até que um carro se aproximou de Dario. Uma mulher muito bem vestida desceu do carro, em prantos, o reconheceu e foi até a peixaria perguntar o que havia ocorrido. O balconista falou: “Foi um cara que passou mal e o largaram aí”. A mulher mudou sua fisionomia e com ignorância perguntou: “Por que não fizeram nada para socorrê-lo” O rapaz justificou que estava trabalhando e perguntou “Quem é a senhora?”
Com lágrimas nos olhos, a mulher afirmou: “- Agora, sou viúva do cara largado ali.”
            A mulher chamou três pessoas que passavam ali e levaram Dario para o hospital. Tarde demais. Ao constatarem a morte, levaram o corpo para uma Central de velório. No mesmo dia que Dario foi enterrado, sua esposa acendeu uma vela no seu jazigo.  
Adriana Soares
                                                                                                                                 

           [...] Em seguida, chegou o Rabecão para levar o cadáver. No café onde as pessoas estavam reunidas comentando sobre o fato acorrido com Dario, apareceram pessoas com os objetos outrora roubados. O senhor piedoso pegou todos os documentos e decidiu procurar os familiares do defunto para providenciar o velório. Este e o enterro ocorreram na comunidade onde Dario faleceu. Uma vela foi acendida em frente a peixaria e as pessoas que ali passavam se sentiram culpadas por não tê-lo ajudado e também acendiam velas em homenagem a alma daquele homem.
                                                                                 Yure Almeida Felipe

[...] e o levou para o hospital, tentando descobrir seu nome e endereço. Para não ser enterrado como indigente, o senhor decidiu preparar o funeral: comprou o caixão e flores, preparou o túmulo e finalmente o enterrou. Frequentemente, ia ao túmulo de Dario acender uma vela e rezar por ele.
            Certo dia, este senhor descobriu que a família do defunto o estava procurando pelo jornal e oferecendo uma recompensa. Ao saber disso, foi a procura da família prestar solicitação. Chegando à casa do falecido, a notícia foi dada, levando a esposa e os filhos ao desespero, cobrindo o senhor de questionamento acerca do acontecido.
            Para acalento da família, o local de do túmulo foi revelado e a recompensa oferecida foi negada. A justificativa dada pelo senhor piedoso era que a solidariedade com o próximo não pode ser comprada por dinheiro. 

Rayane Agra Da Silva


[...] compadecido com aquela situação, o senhor foi solidário e resolveu tomar providência e  ajudar Dario, já que tantas pessoas que estavam ao seu redor não se dispuseram a fazer nada.
         Mas, o senhor ficou bastante preocupado, pois Dario não tinha nada que pudesse identificá-lo. Além de tudo, após ter sido pisoteado estava nem estado deplorável. Caminhando pela rua, uma senhora vê aquela situação e se aproxima, do nada começa a chorar e ficar desesperada. Sem entender nada o senhor então pergunta o que aconteceu, a senhora responde: ele é meu marido, nós viemos aqui só a passeio e agora o encontro nessa situação.
     Com a ajuda daquele senhor, a esposa de Dario foi agilizar o sepultamento, que iria acontecer naquela mesma cidade. O senhor resolveu entrar em contato com a imprensa e comunicar o ocorrido que virou noticiário em toda cidade.
      E uma fato simples chamou a atenção de todos, na hora em que a esposa de Dario chegou para o enterrar, apareceram algumas pessoas com velas para acender ao lado do caixão.
 Mayara Macêdo Lucas  
    
[...] todos foram embora e apenas o senhor ficou ao lado de Dario.
      Um homem se aproximou  e perguntou ao senhor se ele era família daquele homem, o senhor responder que nem o conhecia, então o homem contou ao senhor o que tinha acontecido com Dario.
     O senhor com pena, vendo aquela situação de Dario, jogado na calçada com tudo seu roubado, resolveu agilizar o enterro.
      Avisou então as autoridades e eles resolveram o enterrar como indigentes, já que não apareceu ninguém da família. E assim, no enterro de Dario o senhor com uma vela acesa e orou pela alma daquele pobre homem.
Luana Albuquerque
  
  
[...] Este mesmo senhor chamou o rabecão que veio ao seu encontro. Então levaram Dario, com a finalidade de saber exatamente de que ele tinha morrido.
  Chegando ao IML, vieram os enfermeiros, e um desses enfermeiros reconheceu Dario, porque ele era seu amigo desde pequeno, ele desesperadamente ligou para a família de Dario, e avisou do acontecimento.
    Logo após, chegou a família de Dario, e procuraram saber de que ele morreu, antes de enterrar fizeram um atestado de óbito, com a presença da família, e do senhor que ficou com ele até a chegada do rabecão. Velaram o seu corpo em sua casa. No outro dia, ao amanhecer, amigos e familiares levaram seu corpo ao cemitério, acenderam muitas velas e rezaram por sua alma. Para a família, ficou saudades e remorsos.
 Jéssica Dutra de Oliveira


[...] E, finalmente, a pobre criatura teve seu destino dado: o necrotério. O seu corpo já estava, agora, esticado sobre o seu leito fúnebre. Agora, gozando do direito de relaxar como morto, quieto e parado.
Não esperava Dario, nem como vivo nem como morto, que naquela semana Fo legislada um novo projeto em que a prefeitura disponibilizava um pacote na funerária com desconto e vela grátis. Dario estava a usufruir do seu velório com ótimo custo-benefício dado para o fizeram só para aproveitar a oportunidade de ter um morto. Já havia tempos que não podia se ver um desses corpos inanimados de cadáver na cidade. Dario tinha todas as regalias como defunto e foi celebrado como evento principal.
            No seu velório, só havia o High Society. Até como colunista social e todas as formalidades. Durante o réquiem oral, ouviu-se um ronco em meio à multidão presente. Era o morto, que num súbito momento abriu os olhos e levantou com impulso. Todos por perto arregalavam os olhos. Num a reação em cadeia, do tipo nuclear, a confusão foi generalizada que se empurravam e engalfinhavam até a porta aos gritos: “Ah me Deus, o defunto tá vivo!”.
A funerária esvaziou-se dentro do caixão. Notou que tudo aquilo era para o seu próprio velório. Pegou a vela com seu nome com aquela estrela e cruz e ano de nascimento e morte. Teve agora de ir para casa com sua mortalha nova e sua vela na mão. Sentia falta de todas as coisas. Mas ao menos tinha um ticket desconto no seu próximo velório. No caminho, passou a mão na parte lateral da barriga. Notara certa deformidade. Não imaginava ele que era o seu rim que havia sido usurpado. Mal sabia Dario que naquele dia havia tido muito prejuízo.                                                                         Adysson Ferreira da Silva

 

13.5.11

Vídeo 10

3.5.11

Como uma das nossas atividades, pedimos aos nossos alunos que levantassem hipóteses sobre como seria uma possível continuação do conto "Passeio Noturno" (Rubem Fonseca). Para nossa surpresa, o resultado foi muito mais do que o esperado, a criatividade estava "à flor da pele". Uma das produções mais criativas foi a do aluno Adysson. Leia e se surpreenda:

                          Um possível "Passeio Noturno II"

Um novo dia entediante teimava em começar. Levantei já calçando o chinelo com estofado na parte de baixo, desgastado até. Fui à cozinha. A copeira tinha posto o café na mesa. Minha mulher assistia o primeiro telejornal daquela manhã. Aqueles cujo nome te dá bom dia, mas que lhe bombardeiam de notícias que farão o dia começar com uma penumbra de horrores na coluna policial. Minha filha estava no quarto lendo o seu novo livro destinado a garotas e seus relacionamentos conturbados. Meu filho... Não sei. E também me era indiferente.